quarta-feira, 25 de novembro de 2009
domingo, 9 de novembro de 2008
PARTILHA

Partilhamos:
do mesmo mundo, hediondo
do mesmo século
hipotético
da mesma visão
ofuscada
da mesma supremacia
narcisista
Da mesma Ideologia, oportunista
da mesma amabilidade
hipócrita
da mesma Pátria
imolada
da mesma Flâmula
negra
da mesma fidúcia
insignificante
Da mesma irmandade, fragmentada
da mesma saúde
degenerada
da mesma sorte
dissipada
Da mesma bebida, amarga
da mesma fatalidade
inevitável
do mesmo pecado
a vida
da mesma sentença
a morte.
ÁFRICA
Mãe África
acolhe em suas
tetas magras
nas suas terras
áridas
aonde o Deus Sol
acolheu como morada
Homens negros
como a noite
a escuridão fragmentada
com os seus sorrisos
brancos que reluz
Aplaca todo sofrimento
incutido nos rostos
escaldados pelo Sol
aonde seus arcos
e suas flechas
não são párias
para o grande trovão
África
com seus
deuses, suas
crenças, berço
do candomblé.
acolhe em suas
tetas magras
nas suas terras
áridas
aonde o Deus Sol
acolheu como morada
Homens negros
como a noite
a escuridão fragmentada
com os seus sorrisos
brancos que reluz
Aplaca todo sofrimento
incutido nos rostos
escaldados pelo Sol
aonde seus arcos
e suas flechas
não são párias
para o grande trovão
África
com seus
deuses, suas
crenças, berço
do candomblé.
AMOR
Retrato reverso
inverdade perfeita
ilusão sugestiva
insanidade adquirida
docilidade majestosa
incivilidade aflorada
desordem de pensamento
desamor
doação sem restrição
viver sem sentido
sucumbirá a dor
perdoar o imperdoável
matar
morrer.
inverdade perfeita
ilusão sugestiva
insanidade adquirida
docilidade majestosa
incivilidade aflorada
desordem de pensamento
desamor
doação sem restrição
viver sem sentido
sucumbirá a dor
perdoar o imperdoável
matar
morrer.
DESTOIA
Rasguei o meu verbo
debulhei-me em palavras
cacarejei o meu canto
pulei a dança
bebi o vento
sorri o lamento
Me embriaguei de amor
esqueci o óbvio
anestesiei a dor
busquei a morte
amaldiçoei a sorte
estapiei a vida
distorci o certo
Explanei besteiras
denominei-me poeta
desrimei os versos
desencadeei ilusões
cremei a flor
retruquei ao vento
Dizimei os castelos
desenterrei a alma
apunhalei o tempo
quebrei as regras
me alimentei de vida.
debulhei-me em palavras
cacarejei o meu canto
pulei a dança
bebi o vento
sorri o lamento
Me embriaguei de amor
esqueci o óbvio
anestesiei a dor
busquei a morte
amaldiçoei a sorte
estapiei a vida
distorci o certo
Explanei besteiras
denominei-me poeta
desrimei os versos
desencadeei ilusões
cremei a flor
retruquei ao vento
Dizimei os castelos
desenterrei a alma
apunhalei o tempo
quebrei as regras
me alimentei de vida.
CIRCO
Vem meninada
hoje é dia:
de ir ao circo
de dar gargalhada
de ver cambalhotas
de contar lorotas
de fazer palhaçada
De comer pipoca
de virar criança
de astiar a tenda
de gritar bem alto
de guardar as tristezas
de soltar balão
De colorir o mundo
de pular o muro
de distribuir alegria
de ouvir a banda
de fazer ciranda
de cantar a paz.
hoje é dia:
de ir ao circo
de dar gargalhada
de ver cambalhotas
de contar lorotas
de fazer palhaçada
De comer pipoca
de virar criança
de astiar a tenda
de gritar bem alto
de guardar as tristezas
de soltar balão
De colorir o mundo
de pular o muro
de distribuir alegria
de ouvir a banda
de fazer ciranda
de cantar a paz.
TREM
Lá vai o trem
func! func!
chem, em! em!
andando na
linha
soltando
fumaça
fazendo
arruaça
levando
esperança
deixando
saudades
passando
estações
rumando
para o norte
mas como é
bom!
viajar de
trem
nunca viajou
então vem
também.
func! func!
chem, em! em!
andando na
linha
soltando
fumaça
fazendo
arruaça
levando
esperança
deixando
saudades
passando
estações
rumando
para o norte
mas como é
bom!
viajar de
trem
nunca viajou
então vem
também.
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