domingo, 9 de novembro de 2008

DESTOIA

Rasguei o meu verbo
debulhei-me em palavras
cacarejei o meu canto
pulei a dança
bebi o vento
sorri o lamento

Me embriaguei de amor
esqueci o óbvio
anestesiei a dor
busquei a morte
amaldiçoei a sorte
estapiei a vida
distorci o certo

Explanei besteiras
denominei-me poeta
desrimei os versos
desencadeei ilusões
cremei a flor
retruquei ao vento

Dizimei os castelos
desenterrei a alma
apunhalei o tempo
quebrei as regras
me alimentei de vida.

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